Galeria Quadrum

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A Galeria Quadrum integra o complexo dos Coruchéus desenhado por Fernando Peres Guimarães e inaugurado em 1971. O espaço térreo do corpo sul – onde funciona a Galeria Quadrum – foi inicialmente concebido para servir de restaurante e bar de apoio aos 50 ateliês municipais dos pisos superiores. As fachadas de vidro condicionaram a conversão deste lugar em galeria, tal como proposto por Dulce d’Agro – artista que se transformou numa das mais importantes galeristas do país. Essa adaptação funcional ocorre logo em 1973, beneficiando da existência de uma série de espaços no subsolo e piso térreo que foram transformados em acervo e escritório.

Os panos de vidro ao comprimento das fachadas nascente e poente da sala de exposição exigiam alternativas expositivas menos convencionais. Tal obrigou, logo de início, à concepção de uma estrutura amovível de alumínio, com painéis forrados a feltro e preparados para expor formatos bidimensionais. A versatilidade deste dispositivo traduziu-se numa grande variedade de soluções de montagem.

A importância da Galeria Quadrum no tecido institucional português é muito significativa. A galeria será sempre recordada como espaço de promoção dos mais diversos experimentalismos, sobretudo na época entre o 25 de Abril de 1974 e o início da década de 1980. Durante esse período, a Quadrum apresentou, entre tantas outras propostas, ações performáticas de Ana Hatherly, José Conduto, João Vieira, Gina Pane ou Ulrike Rosenbach; poesia visual de E. M. de Melo e Castro e Salette Tavares; instalações de Ana Vieira, Alberto Carneiro, José Barrias e Irene Buarque; novas pesquisas em pintura, de artistas como Noronha da Costa, Álvaro Lapa, António Sena, Pires Vieira, Jorge Pinheiro ou Ângelo de Sousa.

Dulce d’Agro esteve à frente da galeria até meados dos anos 1990, sucedendo-se um período de direção informal, no decurso do qual António Cerveira Pinto desenvolveu linhas de programação entre 1999 e 2004. A Quadrum é gerida e programada pelas Galerias Municipais desde 2010.

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