Visita aberta e conversa em torno da exposição individual Octopus e Miopia orientada pelo artista e investigador Titos Pelembe. A sessão dialogante desenvolver-se-á centrada na exploração das principais questões latentes, das quais corporizam o universo imaginário e pictórico do Octopus e Miopia. A percepção visual mediática que se estabelece diante da pintura do Ilídio Candja Candja sugere a imersão expandida dos espectadores sob domínios da espiritualidade e ressignificação dos objetos culturais, memórias e traumas do passado ainda presentes na contemporaneidade. A cada gesto espontâneo resultante da experimentação pictórica, textural, formalmente imprecisa em jeito de manchas, recortes, colagens, pichagens e linhas irregulares visa traduzir a subjetividade criativa de novos horizontes. É sobre esta imersão cheia de novas possibilidades imaginárias desprendidas das fronteiras físicas que se convida o público a estabelecer um diálogo subjetivo com as obras expostas e, simultaneamente, com o artista e os demais participantes, como meio de reflexão conjunta e problematização dos desafios que Octopus e Miopia nos impõem.
Ilídio Candja Candja nasceu em 1976 em Maputo, Moçambique. Estudou na Escola de Artes Visuais de Maputo e vive e trabalha no Porto, Portugal. As exposições individuais recentes incluem Memória e fantasia parte #2 na Galeria São Mamede, Porto e Legacy, Galerie Le Sud, Zurique (ambos 2019), bem como Nada está perdido, tudo se torna … Cosmos parte #2, Galerie Frederic Storme, Lille e Freedom, Out of Africa Contemporary Gallery, Barcelona (ambas 2018).
Titos Pelembe (n.1988), é doutorando em Educação Artística, mestre em Arte e Design para o Espaço Público pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto – FABUP. Em Moçambique licenciou-se em Artes Visuais pelo Instituto Superior de Artes e Cultura – ISArC. Igualmente graduou-se nos cursos médios de Cerâmica e Formação psicopedagógica pela Escola Nacional de Artes Visuais. Atualmente desenvolve pesquisas multidisciplinares no domínio dos estudos pós-coloniais em triangulação com questões problemáticas concernentes ao espaço público, prática das artes visuais e respetivo ensino da história de arte dominante.