Noites de Verão

Encontros de Música Nova com o GMCL e Henrique Apolinário, Maria Reis & Tomé Silva, Rafael Toral e XEXA

GMCL IG
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Apresentação em concerto das peças musicais produzidas na residência artística Encontros de Música Nova, na Casa da Música Jorge Peixinho, no Montijo, reunindo ao histórico Grupo de Música Contemporânea de Lisboa 3 e uma dupla de compositores nacionais: Henrique Apolinário, Maria Reis & Tomé Silva, Rafael Toral e XEXA.

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No seguimento do trabalho desenvolvido com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa nas edições das Noites de Verão dos últimos 3 anos, e da aposta na regeneração da didáctica vanguardista do seu co-fundador Jorge Peixinho, a Filho Único convidou 3 compositores nacionais e uma dupla para uma colaboração artística com o Grupo. Henrique Apolinário, Maria Reis & Tomé Silva, Rafael Toral e XEXA empreendem com o Grupo uma residência artística na Casa da Música Jorge Peixinho, no Montijo, com o intuito de colocar em escrita a orquestração de peças musicais de sua autoria para a sua interpretação ao vivo pelo GMCL.
http://www.gmcl.pt

Henrique Apolinário
Músico, performer, sound engineer, diretor artístico, sonoplasta. Trabalha desde 2012 em interseções de expressões artísticas, com foco na música, performance e curadoria de eventos, interessa-se sobretudo na importância da fisicalidade em qualquer forma expressiva, estados profundos de consciência e subconsciência, e na improvisação como ferramente criativa e compositora. Estuda violino até aos 18 anos e depois Teatro na ESMAE, viveu e desenvolveu o seu trabalho no Porto até 2019, onde criou laços com diversos coletivos. Como artista sempre esteve ligado ao serviço educativo e à interação com grupos ou comunidades de vários tipos. Reside desde 2019 em Paradela do Rio, Montalegre, onde funda a associação cultural Acendalha, com focos de desenvolvimento artístico e musical em contexto rural. No presente foca-se sobretudo em criação artística, performance, e engenharia áudio. O seu trabalho sonoro é eclético, passando por sonoplastia para espectáculos transdisciplinares, live acts de música electrónica em pistas de dança em ebulição até direção de música de câmara experimental. Fundou e continua a trabalhar nos projectos a solo e em ensemble: Zancudo Berraco, Qir Alin, Ensemble Quiromático, Sirte, EM CHAME entre outros. Forma-se em 2021 como studio engineer na ARDA Academy, e tem também desenvolvido trabalho nessas funções.

Maria Reis e Tomé Silva
Maria Reis, Lisboa, 1993, música profissional, desde os 15 anos, compositora, produtora, guitarrista, cantora e co-fundadora da banda Pega Monstro, banda cuja discografia fez-se em parceria com a editora londrina Upset the Rhythm. A sua estreia a solo fez-se em 2017 com o primeiro EP “Maria” (Cafetra Records) e a partir desse momento que inicia a sua discografia anual com “Chove na Sala, Água nos Olhos” (2019,CR), “Flor Da Urtiga” (2020,CR) e “Benefício da Dúvida” (2021,CR). Paralelamente a isto, Maria tem também vindo a colaborar com nomes como Sara Graça, Joana da Conceição, Gabriel Ferrandini, Miguel Abras ou Rudi Brito em concertos, apresentações artística multimedia , edição de música e de poesia.
Tomé Silva , Almada, 2001, é um músico e produtor musical português. Com trabalho presente na internet desde 2016, define-se tanto pelo que lança esporadicamente como por projetos de maior duração em editoras nacionais (Rotten Fresh, ANGEL), pelas colaborações em que participa (Bejaflor, Guilherme Rodrigues, Farpas, Maria Reis) e pela sua presença na Rádio Quântica e na plataforma Música Vulcânica.
Juntos fizeram a sua estreia colaborativa com o disco Maria Reis – Suspiro…(Cafetra Records 2024) e espera-se um futuro em parceria neste e noutros projectos.

Rafael Toral
Rafael Toral (Lisboa, 1967) tem-se intrigado pelo potencial do som e pelas funções da música desde adolescente.
Enquanto músico, produtor e compositor esteve envolvido, em diferentes fases da sua vida, com as culturas de Rock, Ambient, Contemporânea, Electrónica e Jazz. No início dos anos 1990 criou uma síntese de Ambient e Rock, gravando álbuns aclamados internacionalmente como Wave Field (Drag City, 1995) ou Violence of Discovery and Calm of Acceptance (Touch, 2001) e tendo sido considerado pelo Chicago Reader “um dos guitarristas mais dotados e inovadores da década”. Nos anos 2000, com uma mudança radical lançou o “Space Program”, projecto em que ao longo de quinze anos desenvolveu uma abordagem à música electrónica enraizada no pós-free jazz, enfatizando o gesto físico e critérios humanos de decisão sobre fraseado, silêncio e swing. A música resultante, “melódica mas sem notas, rítmica mas sem batida, familiar mas estranha” foi descrita como “um tipo de músca electrónica muito mais visceral e emotiva que a dos seus pares cerebrais”.

Depois de dirigir várias formações, inaugura em 2016 a formação que dirigiu até 2023, o Space Quartet. Em 2018 entrou numa terceira fase em que retoma contacto com a guitarra, num renovado interesse pelas possibilidades sónicas da harmonia, e ambiciona uma nova síntese — conciliando alguns paradigmas contraditórios com que trabalhou anteriormente, abarcando mais passado e mais futuro e materializada pela primeira vez em Spectral Evolution.
Publicou mais de vinte álbuns em editoras de quatro continentes, entre os quais também se destacam Sound Mind Sound Body (Ananana, 1994), Space (Staubgold, 2006) e Freedom of Tomorrow (Clean Feed, 2022). Em variadas colaborações ou a solo tem-se apresentado ao vivo nos Estados Unidos, Europa, Japão e Austrália. Vive nas montanhas do centro de Portugal.

XEXA
XEXA, com 23 anos, é uma artista multidisciplinar de ascendência São
Tomense, sediada entre Lisboa e Londres. É licenciada em Música – Artes do Som, pela Guildhall School of Music and Drama, Londres.
A sua música reflete a exploração de sonoridades, fazendo híbrido de elementos da sua herança africana com sintetizadores, sound design e voz.
É produtora, compositora, sound designer e cantora que vem ilustrando uma nova linhagem e novos paradigmas de sons. XEXA trabalha com música e sonoplastia em diversos campos, tal como performances, instalação, visuals e moda.
Lançou a sua primeira mixtape titulada Calendário Sonoro em 2022.
Vibrações de Prata é o seu álbum de estreia lançado pela Príncipe, editora lisboeta, em Outubro de 2023.
https://principediscos.bandcamp.com/album/vibrac-o-es-de-prata

Os concertos das Noites de Verão nas Galerias Municipais – Quadrum decorrem nos dias 5, 12, 19 e 26 de julho, às 19h30.
As Noites de Verão no jardim interior da Galeria Quadrum são um programa da Filho Único co-produzido entre a Filho Único e a EGEAC – Galerias Municipais de Lisboa, e apoiado pela Direção-Geral das Artes. No plano da história das ideias de programação em Música, o espírito que nos move é um de procura e valorização das propostas que se nutrem de um fulcro e dínamo de investigação e de progressão estética, em torno ao qual músicos e espectáculos se organizam. O programa das Noites de Verão de 2023 na Galeria Quadrum desenrola-se no mês de julho, às sextas-feiras ao final da tarde.

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