Tendo como ponto de partida a exposição La Neblina, de Runo Lagomarsino, o historiador Afonso Dias Ramos conversa com a curadora Filipa Oliveira sobre a forma como a arte, e o trabalho de Lagomarsino, contribui para uma descolonização da cultura visual e para uma nova leitura da história, em particular para o legado de Cristóvão Colombo.
Afonso Dias Ramos é investigador de pós-doutoramento no Forum Transregionale Studien em Berlim (2018-19), onde desenvolve um projeto acerca das controvérsias atuais sobre a descolonização da cultura visual dentro e fora do museu. Concluiu o Mestrado e o Doutoramento em História da Arte no University College London, com uma tese sobre a relação entre violência política e fotografia na arte contemporânea, explorando o recente legado artístico das guerras em Angola (1961-2002). Trabalhou no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e estudou História da Arte na Universidade Nova de Lisboa e Université Paris-Sorbonne (Paris IV). Publicações recentes incluem os artigos “Rarely penetrated by camera or film” – NBC’s Angola: Journey to War (1961)’ (2017), ‘Photography and Propaganda in the Late Portuguese Empire: Volkmar Wentzel’s Assignments for National Geographic Magazine’ (2017), ‘Kongo Reframed’ (2017), ‘How to Disappear Completely – The Struggle for Angola’ (2017) e ‘Filipe II também mandou usar o nome Descobrimentos’ (2018).