“verdes anos”

Acessibilidade: como construir uma identidade 

DSC©José Frade min
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No dia 3 de abril de 2019, entre as 15h30 e as 16h30, do Largo da Igreja de S. João de Brito até à Rotunda de Alvalade, o Desfile / Performance Acessibilidade ou não acessibilidade, eis a questão, aconteceu sob a forma de uma manifestação, concebida e orientada pelo artista Vasco Araújo e levado a cabo por cerca de 40 alunos de duas turmas do 10 e 11º ano da Escola Secundária Rainha Dona Leonor, em Alvalade, acompanhados pelos professores de Desenho e de Filosofia.

Este foi o exercício final de um projeto desenvolvido pelo Serviço Educativo das Galerias Municipais. O projeto dirige-se aos professores e às escolas e apresenta uma oferta cultural integrada, com abrangência territorial à escala da cidade, que ajude a responder aos desafios da Cultura e da Educação no século XXI.

O principal desafio deste projeto foi motivar os jovens para questões que reposicionam o seu lugar e o seu contributo face aos problemas do mundo contemporâneo. Vasco Araújo orientou as sessões de trabalho com os alunos ao longo dos últimos 4 meses, debruçando-se sobre temas como Cidadania, Fronteira, Liberdade / Igualdade e Reconhecimento.

No desfile/performance/ manifestação, cada aluno transportou um ou dois cartazes, com palavras e frases extraídas dos temas tratados (cartolinas coloridas em suporte de varas de madeira, com inscrições a marcador preto). Durante o percurso foram distribuídos alguns flyers (folhas brancas A4 com inscrições).

Vasco Araújo, nasceu em Lisboa, em 1975, cidade onde vive e trabalha. Em 1999 concluiu a licenciatura em Escultura pela FBAUL., entre 1999 e 2000 frequentou o Curso Avançado de Artes Plásticas da Maumaus em Lisboa.  Desde então tem participado em diversas exposições individuais e colectivas tanto nacional como internacionalmente, intregando ainda programas de residências, como Récollets (2005), Paris; Core Program (2003/04), Houston. Em 2003 recebeu o Prémio EDP Novos Artistas. Em 2006, foi nomeado para o Prémio BES Photo.

As suas obras refletem a análise das questões da comunicação e do confronto entre papéis sociais, numa dimensão mais política, remetendo para as temáticas do multiculturalismo e pós-colonialismo.

O seu trabalho está publicado em vários livros e catálogos e representado em várias coleções, públicas e privadas, como Centre Pompidou, Musée d’Art Moderne (França); Museu Colecção Berardo, Arte Moderna e Contamporânea (Portugal); Fundação Calouste Gulbenkian (Portugal); Fundación Centro Ordóñez-Falcón de Fotografía – COFF (Espanha); Museo Nacional Reina Sofia, Centro de Arte (Espanha);  Fundação de Serralves (Portugal); Museum of Fine Arts Houston (EUA), Pinacoteca do Estado de S. Paulo (Brasil).

Acessibilidade: como construir uma identidade