Mater

Virgínia Fróis, Marta Castelo, Maja Escher

Catálogo que documenta a exposição Mater, com a curadoria de João Rolaça – Oficinas do Convento, que esteve patente no Pavilhão Branco, entre 23 de março e 11 de junho de 2023. Para além da documentação fotográfica das obras expostas, contém textos de Catarina Rosendo, João Rolaça, Margarida Mendes, Sara Antónia Matos e Teresa Projecto, e ainda um ensaio visual realizado por cada umas das artistas.

“As peças das três artistas para a exposição Mater reportam precisamente ao esforço e ao desgaste físico dos corpos, exigidos na transformação da matéria. Esta dimensão envolve o corpo, mas é de natureza incorpórea, precisamente porque circunda processos de perda e luto que a arte pretende captar.”
– Sara Antónia Matos

“O trabalho de Virgínia Fróis, Marta Castelo e Maja Escher está ligado pela íntima e profunda relação que estabelecem com a terra e os elementos naturais, que utilizam como matéria de trabalho e conteúdo para a pesquisa contínua e conceptual. Têm portanto uma dupla natureza complementar: matérica e simbólica.”
– João Rolaça

“Dizendo uma evidência: Virgínia Fróis é uma escultora do trabalho manual, usa o seu corpo e a energia que dele emana como instrumento e vínculo entre si mesma e os materiais que manuseia. Questões materiais, técnicas e relacionais são de grande importância no modo como aborda a escultura e como entende aquilo que, genericamente, se define como arte.”
– Catarina Rosendo

“A água abre a terra à mão, torna-a plástica. A água abre a terra à vida humana, torna-a fértil. Mas a água — como a Marta nos dá a ver — lembra também que o tijolo — esse corpo feito de terra para iniciar a construção da casa, o desenho e a escrita da cidade — se desfaz quando está cru. Dá-nos a ver o intervalo — l quido ou liquefeito — entre a terra cozida e a terra crua. A água lembra-nos que o barro está vivo. E que ele não é, por isso, tão simplesmente uma matéria.”
– Teresa Projecto

“Na obra de Maja Escher podemos encontrar signos, palavras e elementos congeminados entre terras e barros que se expandem de carimbos a palavra impressa, bandeiras de protesto e veste de celebração, e que são ativados em distintas ações e celebrações na rua. Estes signos recombinados proferem frases e chamadas de vida que introduzem os ritos convocados pela artista na sua prolífica ação.”
– Margarida Mendes

Exposição

Data
Título
Artistas
Curadoria
Galeria
23.03.2023
– 11.06.2023
Mater
Maja Escher, Marta Castelo, Virgínia Fróis
João Rolaça / Oficinas do Convento
Pavilhão Branco