Somos Nós Que Mudamos Quando Tomamos Efetivamente Conhecimento do Outro 

Nuno Sousa Vieira

Esta publicação surge no seguimento da exposição homónima de Nuno Sousa Viera, que decorreu no Pavilhão Branco entre 26 de novembro de 2011 e 5 de fevereiro de 2012. Para além de documentação fotográfica com vistas de exposição e das obras apresentadas, contém ainda textos de João Silvério e Jacopo Crivelli Visconti.

“O modo como todo o projeto para a exposição foi pensado e desenvolvido desloca o primado da exposição para um plano relacional, e de equivalência, com o ateliê. Como espaço de experimentação, no sentido em que o que pode ser visto, o que será exposto, é um conjunto de obras que, embora pensadas especificamente para as salas do Pavilhão Branco, convocam espaços e referências do edifício industrial onde o ateliê nasceu: a fábrica de plásticos Simala. Assim, a diferença que este plano relacional estabelece está no modus operandi, como ferramenta operativa, que o artista exerce sobre o observador enquanto visitante e ator de um percurso.”
– João Silvério

“As intervenções contemporâneas em obras ou materiais já enriquecidos por anos ou até séculos de história tornaram-se, em anos recentes, uma prática recorrente na produção artística, mas o caso de Nuno Sousa Vieira é, desse ponto de vista, especial: sua intervenção é cirúrgica, precisa, como se não se concedesse o luxo de uma ação pessoal, original, única e irrepetível, achando mais justo e respeitoso ficar nas margens quase científicas de uma atividade que pode ser descrita, analisada e, potencialmente, repetida.”
– Jacopo Crivelli Visconti

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