– 08.09.2019
A exposição reúne obras de arte com objetos de interesse, procurando traduzir noções de arte e complexidades pedagógicas numa exposição.
As obras apresentadas (bem como os objetos de interesse exibidos no contexto da arte) “operam” por si próprios, enquanto acenam ou piscam o olho à ideia de documentário através da negociação dos termos da arte, da educação e da própria exposição. Uma caricatura séria poderá ser reconhecida.
Os objetos são ambíguos, os seus significados oscilam entre objetos não-artísticos e não-não artísticos, referenciando exposições, o mercado da arte, a problemática do estacionamento, audiências, o jogo de badminton, a altura do teto da galeria Lumiar Cité da Maumaus, a pastelaria portuguesa (metade do diâmetro de um bolo de arroz), mobiliário, molduras de faia, os livros de Enver Hoxha na sede das Nações Unidas em Genebra (Alberto Toscano) e noções de tradução no filme Inside Man de Spike Lee, bibliotecas, cinema e sociedade, Family Guy, canais de notícias, conversas entre plataformas de tesoura elétricas e fotocopiadoras, museus de futebol, a sindicalista Maria João, os artistas Rafael Bordalo Pinheiro e João Viotti, o etno-poeta Hubert Fichte, a fracassada dança da centopeia de Pina Bausch e os teóricos e cineastas Alexander Kluge e Manthia Diawara.
– 08.09.2019