Esta publicação resulta da exposição homónima, apresentada ao público entre 10 de maio e 25 de agosto de 2019 na Galeria da Boavista. Com textos do artista João Queiroz e dos curadores Sara Antónia Matos e Pedro Faro. Edição titular de carácter de excecionalidade, considerando que cada exemplar conter uma intervenção distinta da artista.
“Cada obra de Sara Chang Yan forma-se assim, a partir do eu está entre o visível e o invisível, o material e o imaterial, o tangível e o infinito. Cada desenho gera evidências e momentos de consciência, não tanto sobre a figura de objectos ou sobre a sua representação, mas sobre as suas qualidades, propriedades internas, movimentos e vibrações que antecedem a forma. Será que aquilo que lhe interessa e que procura materializar é anterior ao pensamento?”
–Sara Antónia Matos e Pedro Faro
“Mais do que sentirmos que se acrescentaram dimensões ao desenho, sentimos que não sabemos assim tão bem o que é uma dimensão. O tratamento total do espaço é coerente com esta ambiguidade. Não se trata apenas de um continente, é também um grande hiperplano, cuja indistinção entre bidimensionalidade e tridimensionalidade não temos verdadeiramente um nome. Somos levados a pensar e a sentir um objecto que perpassa o espaço como sendo um recorte, ou um recorte, ou incisão na superfície, como sendo um objecto no espaço.”
–João Queiroz