– 24.11.2019
14h30 – 19h
Sábado e domingo:
10h – 13h e 14h – 18h
Artistas plásticos que entraram em cena no São Luiz Teatro Municipal.
No âmbito dos 125 anos do São Luiz reunimos nesta exposição objectos, performances, documentação e material gráfico relativo a colaborações de artistas plásticos com companhias e espectáculos que estiveram em cena no teatro municipal, neste século XXI.
Antes de tudo, na antecâmara preparamos a entrada em sala, vemos uma vitrine com elementos gráficos – programas antigos do Teatro São Luiz –, vemos uma fotografia da sua grandiosa sala vermelha e dourada. Depois esquivamo-nos à mandíbula de agressividade estática e entramos no vermelho da alcatifa. Que tem como referência de cor, para além do número 251, a palavra “teatro”. É 251-teatro, vermelho-teatro. O chão desta sala de exposições é da mesma cor que a da sala de espectáculos. Esperamos o tumulto, o drama e a acção.
O título desta exposição é uma frase de outrora, redundante mas ainda assim curiosa, encontrada no meio de um programa antigo. Esta frase serve aqui para questionar a posição nestas últimas décadas da criação plástica (muitas vezes solitária) dentro do contexto das artes performativas (quase sempre de autoria partilhada). Onde se encontra a colaboração? Como se desenvolve? O cenário ainda se “pinta”?
Na pesquisa feita, descobrimos nos últimos 20 anos de programação do São Luiz exemplos significativos de colaborações de diferentes tipologias. Cabe ao visitante, agora dentro da sala de alcatifa vermelha, com a ajuda das tabelas informativas pensar as colaborações que vai encontrando pela sala de exposição, ligações que tomam formas e intensidades tão diferentes: por meio de uma imagem de divulgação do espectáculo, por meio da realização de fotografias, pelo desenho de figurinos e/ou da cenografia, pela participação na criação do espectáculo, pela interpretação e performatividade em cima do palco; pelo cruzamento completo e salto extenso das artes plásticas para a criação de um espectáculo em pleno contexto teatral.
A exposição concentra-se nos últimos 20 anos mas faz referência a dois autores históricos no estudo destas colaborações: Almada Negreiros e Júlio Pomar. A presença do público convoca-se na plateia permanente logo no início da sala. Esta serve para sentar quem tudo activa e enche de significado – caro público se quiser pode utilizar as cadeiras para ponderar. Por fim, Tchekhov. O subtexto ao deixar esta exposição, é não esquecer que se existe uma pistola na parede no 1.º acto, no último ela tem de disparar.
– 24.11.2019
14h30 – 19h
Sábado e domingo:
10h – 13h e 14h – 18h