Limpe Fuchs (1941, Munique) estudou piano clássico e violino em Munique e percussão com Hans Holzl, nomeando compositores de vanguarda como Murray Schaefer e John Cage como as suas primeiras influências musicais. Prefere intitular-se percussionista na tradição dos artistas de sound-scape, mas também é evidente que a dimensão visual do seu trabalho sempre mereceu a mesma atenção que o acústico. Ao longo de meio século de carreira, continuou a fazer experiências com improvisações sonoras e visuais “sem formalismo”, utilizando instrumentos feitos à mão e esculturas sonoras. As suas actuações envolventes destinam-se a ser ouvidas com atenção, exigindo atenção do público à medida que ela se move livremente no espaço evocando as suas paisagens sonoras naturais enquanto toca a sua viola woodhorn, corda pendular, um litofone construído em aço de quatro metros, chapas de metal, pedaços de madeira e canta no seu estilo único e efémero semelhante a um pássaro.
Limpe Fuchs foi reconhecida como uma influência seminal na cena “Krautrock” do final dos anos 60 e 70 e mais tarde tornou-se uma inspiração para o underground psicadélico experimental do final dos anos 70 e início dos anos 80 (HNAS, Nurse with Wound, etc.) e para as gerações seguintes. Limpe iniciou a sua carreira no final dos anos 60 com a Anima Musica, juntamente com o seu então parceiro, o escultor Paul Fuchs, e em 1971 gravaram o seu primeiro álbum intitulado “Stuermischer Himmel”. O lançamento seguinte foi um lançamento não oficial do Festival de Ossiach, que durou três dias e foi gravado ao vivo, incluindo actuações dos Weather Report e dos Tangerine Dream, entre outros. Foi aqui que se encontraram com o organizador, o pianista Friedrich Gulda, que rapidamente se juntou a Limpe e Paul para criar Anima. Subsequentemente, os álbuns intitulados “Anima” e “Musik Fur Alle” foram ambos lançados em 1972. De 1969 a 1989, o duo continuou a actuar, a gravar e a fazer digressões (mais notoriamente num trator a 30 km/h que puxava o palco), acrescentando frequentemente novos membros, incluindo o seu filho, Zoro. Depois, começou a sua carreira a solo e continua a atuar ao vivo, colaborando também com muitos músicos e aventurando-se mesmo no teatro.